Promessa do Governador Alckmin dentro de Igreja de Santa Terezinha ainda não está nem no papel. Para Metrô chegar a Taboão é necessário mais que palavras. Projeto de expansão até 2025 tem previsão vaga para a cidade, sem desenho, projeto ou licitação até agora
Sites de notícias da região tem especulado sobre a eventual construção do Metrô até Taboão da Serra na Linha 4 – Oeste. Algumas previsões informam que o Metrô chegará até 2025, outras mais otimistas, como a do próprio governador, em recente visita ao Santuário de Santa Terezinha, afirmam que a cidade “receberá a estação em dois anos e meio”, ou seja, no máximo em 2014. Mas os fatos mostram o contrário.
A Linha 4-Amarela do Metrô foi licitada em 2001, ou seja, há 10 anos, com promessa de entrega até 2004, depois 2006, e assim por diante. O projeto técnico e licenciamento datam de 1997. No atual plano de expansão, as estações Vila Sônia e São Paulo-Morumbi da linha Amarela ficarão prontas somente em 2014, quando o percurso entre Luz e Vila Sônia terá 12,8 km de extensão e 11 estações. Nos projetos existentes no próprio site da Companhia do Metrô de São Paulo, Taboão da Serra nem aparece. Num mapa lá publicado em PDF (veja arquivo no final desta reportagem), a Linha 4 termina na Vila Sônia. No projeto exposto no site do Metrô aparece apenas a Estação Vila Sônia como ponto final.
Veja em: http://www.metro.sp.gov.br/expansao/sumario/tracado/tracado.shtml#
Uma projeção publicada por jornais para 2025, portanto daqui a 14 anos prevê duas estações além dali: Jardim Jussara e Taboão da Serra, mas ainda sem projeto, sem nenhuma informação oficial nos sites do Governo do Estado, da Secretaria de Estado dos Transportes ou da Companhia do Metrô, conforme nossa reportagem constatou.
Expansão lenta e superlotação
Outro problema é a superlotação das linhas e estações existentes, diante da falta de criação de linhas paralelas e ramificações. Ou seja, o Metrô, a cada nova estação inaugurada, vai saturando o sistema que é pequeno, com centenas de milhares de novos usuários, já que nos últimos governos do PSDB a ampliação da rede não passou dos 2 km por ano. O presidente do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, Altino de Melo Prazeres Junior alerta sobre este problema. “O Metrô vem de um atraso de décadas que, somado a mais gente no sistema e à expansão lenta, cria superlotação. O que aumenta mesmo são os problemas”, criticou em recente entrevista à Rede Brasil Atual, parceira de conteúdo do Fato Expresso Online.
Com o corte de investimentos na expansão do sistema no primeiro semestre de 2011 – e isto contraria frontalmente o que o governador Alckmin prometeu diante da imagem de Santa Terezinha em Taboão – Altino calcula que o governo do Estado de São Paulo levará mais de 30 anos para atingir a meta de 200 quilômetros de vias. Entre 2008 e 2010, a gestão estadual utilizou 37% a menos da verba disponível para a Companhia do Metropolitano de São Paulo.
Nesse período, dos R$ 9,58 bilhões previstos, foram gastos R$ 5,95 bilhões, segundo o Sistema de Informações Gerenciais da Execução Orçamentária (Sigeo). Para os seis primeiros meses deste ano, o orçamento do Estado previa investimentos de R$ 3 bilhões. O governo empenhou R$ 1,2 bilhão, mas não chegou a concretizar nenhum pagamento.
Na ponta do lápis, se o governo estadual mantiver o ritmo de ampliação atual das linhas – 2,35 quilômetros por ano, de acordo com relatório do próprio Metrô – a previsão de Altino é otimista, porque seriam necessários aproximadamente 55 anos. Atualmente, esse modal de transporte na capital paulista está perto de completar 70 quilômetros de vias.
Além da falta de investimentos, o metroviário aponta falhas no planejamento das linhas. Segundo ele, faltam conexões. “A Linha 4 – Amarela, por exemplo, não é eficiente, porque só ampliou a entrada e continuam existindo poucas saídas”. Inaugurar mais estações, como a de Taboão da Serra, sem novas conexões neste ramal, poderia ser um grave erro, na opinião do presidente do Sindicato dos Metroviários.
México, Santigo e Buenos Aires
O metrô paulistano é tido como um dos mais modernos do mundo, mas o serviço poderia ser muito melhor se não fosse a lentidão com o que o governo do Estado investe no sistema, que começou a operar nos anos 1970 e possui 70 quilômetros de extensão divididos em sete linhas. A média diária de passageiros é de 3,4 milhões, sendo que a cidade tem quase 12 milhões de habitantes e é o centro de uma Região Metropolitana com 20 milhões de pessoas.
A Cidade do México, centro de um conglomerado urbano com o mesmo número de habitantes, começou seu sistema metroviário na mesma época que o de São Paulo e já chegou a 202 quilômetros em suas 11 linhas.
A Grande Santiago, no entorno na capital do Chile, também inaugurou sua primeira linha em meados dos anos 1970. Com 6,6 milhões de habitantes, a cidade é servida por 105 quilômetros e cinco linhas de metrô, e deve chegar a 120 quilômetros em 2014.
Buenos Aires, na Argentina, começou a construir suas linhas subterrâneas no início do século 20. Hoje conta com 56 quilômetros em seis linhas, para uma população de 3 milhões de pessoas. Outras cidades tem linhas de metrô muito mais extensas, como Nova York (398 km) e Paris (212 km).
Para desemperrar a construção de novas linhas e estações do Metrô, o governo paulista decidiu realizar as chamadas ‘PPPs’ – Parcerias Público-Privadas para novas obras. “Chegou a hora da caça ao tesouro”, chegou a afirmar o vice-governador Guilherme Afif Domingos, um entusiasta da desestatização e coordenador estadual do programa de ‘PPPs’ realizado pelo governo paulista. Espera-se que a ‘caça ao tesouro’ do Estado traga mais benefícios do que prejuízos aos bolsos dos contribuintes. A considerar o preço da passagem do Metrô, há mais prejuízos que benefícios à vista.
História: Linha 4 desde os anos 1940
Segundo dados publicados na Wikipédia, a Enciclopédia Livre, desde os anos 1940, o traçado da Linha 4-Amarela esteve presente em todos os estudos para implantação do Metrô em São Paulo desde então. Seu traçado se consolidou em 1968, quando dos estudos iniciais para implantação da atual rede de metrô, recebendo, naquela ocasião, o nome de “Linha Sudeste-Sudoeste”.
Em forma de parábola, a Linha 4 conectaria os bairros de Pinheiros e Sacomã, passando pelo Centro, cortando a linha Leste-Oeste do Metrô nas estações República e Pedro II. Plataformas de integração chegaram a ser construídas nessas duas estações, mas não foram utilizadas. As plataformas da estação República, construídas na década de 1980, prevendo-se outra configuração da Linha 4, seriam demolidas para a passagem do ‘tatuzão’, equipamento que construiu o túnel da Linha 4 entre as estações Faria Lima e Luz; a da estação Pedro II transformou-se em um depósito.
A consolidação do projeto ocorreu apenas em 1993, quando o primeiro projeto básico foi elaborado, já não constando mais o trecho Sudeste, incorporado a outras diretrizes de expansão do Metrô e melhorias dos trens metropolitanos. Mas a licença ambiental só foi obtida em 1997 e as obras tiveram sua primeira licitação em 2001, e as obras, efetivamente, só começaram na Linha Amarela em 2004.
Promessas, Promessas
A ViaQuatro, consórcio responsável pela Linha 4 – Amarela do Metrô está descontente com o ritmo das obras do governo paulista nesta fase de implantação do sistema. Com repetidos atrasos, o prejuízo da ViaQuatro foi enorme, já que até hoje a linha Vila Sônia/Luz ainda opera precariamente e com horários reduzidos. Um dos maiores fatores de atraso foi a tragédia da Estação Pinheiros, que desabou há quatro anos, causando 7 mortes, durante o governo José Serra. A concessionária recebe por passageiro embarcado, e com a perda de milhares de embarques por causa de atrasos nas obras e defeitos na operação, como o da última segunda-feira, quando a Linha 4 ficou paralisada por mais de 4 horas, o lucro cessante da ViaQuatro está sendo cobrado do Governo do Estado.
A lInha 4 do Metrô, durante sua operação precária no ano passado, registrou uma demanda de 70 mil passageiros/dia, quando o esperado em condições normais seria 400 mil, como está ocorrendo agora. Até 2012, a linha deve pular para 700 mil passageiros/dia, o que pode levar o sistema a uma superlotação, caso novos ramais e estações não sejam interligados à via.
O Metrô em Taboão está presente apenas em promessas de candidatos (alguns eleitos entre 2002 e 2010 com este ‘compromisso’ impresso em panfletos de campanhas), em discursos do governador Geraldo Alckmin, invariavelmente apenas quando ele está na cidade de Taboão da Serra ou em suas proximidades, ou quando um repórter da região aponta um microfone em sua direção. Ou seja, palavras, que insistem em não ser acompanhadas de ações concretas para que isto deixe de ser o que tem sido nos últimos 50 anos: uma pura e simples promessa.
VEJA O PDF DO MAPA DA LINHA 4 SEM TABOÃO (EXTRAÍDO DO SITE OFICIAL DO METRÔ):
NEM NA WIKIPÉDIA. TABOÃO NÃO APARECE NA LINHA 4 DO METRÔ EM EXTENSA E DETALHADA MATÉRIA DA FAMOSA ENCICLOPÉDIA LIVRE:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Linha_4_do_Metr%C3%B4_de_S%C3%A3o_Paulo
Simplesmente FRACO, FRACO, FRACO esse jornal!
Então já estão desapropriando, acho que não precisão desapropriar os prédios já que o metro pode simplesmente passar por baixo, como por todo a cidade é assim, essa matéria está muito manipulada e tendenciosa
por que o metro ja comecou a desapropriar aqui no ferreira perto do taboao????
kkkkkkkkkk. ai Xavier, estão desapropriando o Ferreira porém ha dois lançamentos residenciais de apartamentos, 1 onde tinha o posto Shell na Caminho do Engenho ao lado tem um lançamento de edificio, e vai ter outro proximo da entrada da Igrja Nossa Senhora de Fatima.
Ai eu pergunto eles vão desapropriar???
abçs brother,!!!
É impressionante como este jornal não é imparcial qdo o assunto é politíca…..só falam mal de politicos que não são do PT….este jornal é do Geraldo Cruz ou do Chico Brito??….pq não tem noticias do governo corrupto da Dilma e Lula?????Ahhh, já sei o PT é a favor da censura e da baderna.
Nem perco mais meu tempo lendo este jornalzinho do PT.